quinta-feira, 16 de julho de 2009

Projeções da Alma


Um quarto Quarto vazio de gente Cama arrumada Armário aberto Algumas roupas do avesso jogadas no chão Há alguns minutos alguém estava ali. Na bancada um bloco de papel, canetas, e uma carta. Longa carta escrita com letras trêmulas e inseguras. Carta que justifica. Carta de despedida, escrita por alguém decidido. Há alguns minutos alguém estava ali. A pessoa se despediu do quarto,da casa, da vida. As impressões digitais,o perfume nas roupas e os cabelos na escova ainda estão ali,intactos. Depois de dezesseis anos curtos e sofridos,restam apenas as letras trêmulas... Projeções da alma.

4 comentários:

  1. Quem estava ali no quarto? Ou seria o quarto a estar nele(a)? Dezesseis; as meninas não morrem aos quinze? Letras trêmulas...ou vidas incompreendidas?

    beijos.

    ps. agora retribua.

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  2. Naquele exato momento não havia ninguém no quarto, havia apenas marcas da pessoa, marcas que demonstram o quanto somos vulneráveis se comparados com os objetos que nos cercam.A escova, a roupa, as impressões digitais ficam ,mas nós retornamos ao pó.Esse 'poema' que eu fiz se baseou num fato que ocorreu na minha cidade, uma morte, repentida e precipitada, um suicídio.

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  3. Vidas incompreendidas, é muitas vezes julgamos um determinado ato alheio, julgamos sem conhecer os verdadeiros motivos dele. Cada pessoa tem seu próprio mundo na cabeça, a mente é um habitat individual intrasponível, se nós mal conhecemos esse habitat próprio imagina o alheio!

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  4. Quem somos nós para julgar alguém que escolhe
    por controlar algo seu?
    Somo apenas... homens.

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